Nesta página quero publicar alguns exercícios que faço.
Quero que vocês entendam que os textos publicados serão muitas vezes baseados em situações atuais e tendencias de mercado, e poderão ser contraditórios, pois as situações econômicas sempre mudam e temos que mudar também. Temos sempre que expandir nossos pensamentos para ver o que antes não víamos, para praticar o que antes não praticávamos. Assim crescemos, melhoramos e criamos nosso próprio caminho deixando de depender dos pensamentos prontos que são colocados à disposição.
Quero que vocês entendam que os textos publicados serão muitas vezes baseados em situações atuais e tendencias de mercado, e poderão ser contraditórios, pois as situações econômicas sempre mudam e temos que mudar também. Temos sempre que expandir nossos pensamentos para ver o que antes não víamos, para praticar o que antes não praticávamos. Assim crescemos, melhoramos e criamos nosso próprio caminho deixando de depender dos pensamentos prontos que são colocados à disposição.
Faça seus exercícios também e vai ver que é bom dar asas aos nossos pensamentos, esses pensamentos refletem o que somos. E não há nada melhor para nos conhecermos do que ler o que foi fruto de nosso próprio raciocínio.
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O texto abaixo apenas representa uma opinião pessoal sobre o procedimento de não permitir a negociação de desconto de acordo com a forma de pagamento, imposta por órgãos de defesa do consumidor. A prática da negociação é aplicada em toda cadeia produtiva que vai desde a produção até a entrega de produtos, por que quando chega ao pequeno empresário é vetada?
Por que não dar desconto para compras à vista?
Novamente vejo nos meios de comunicação o Procon acoitando os micro, pequenos e médios empresários sobre o recebimento de cartões de crédito. A tratativa é: o lojista não pode dar desconto para quem paga à vista, seja no dinheiro ou no cheque, e também não pode diferenciar o valor de recebimento se o cliente paga com cartão de débito ou de crédito. A justificativa é que se o lojista aceitou trabalhar com cartões não pode diferenciar o recebimento do cliente. Vejo neste procedimento a imposição de uma prática imoral que explico mais adiante.
O desenvolvimento da civilização é fruto do comércio nos primórdios da humanidade. Foi através da negociação, do comércio que a sociedade se desenvolveu e, de certa forma, se libertou do poder dos grandes “patrões feudais”. A população em massa pôde se considerar independente a partir do momento em que deixou de depender dos seus senhores para se alimentar, para se vestir, para morar e viver em geral. Essa conquista foi fruto da negociação, das feiras de escambo, dos mercados que tinham como principal combustível a pechincha, a negociação de valores. E esta negociação está atrelada à formas de pagamentos. Essa é a força motriz da economia.
Ao adotar a postura de engessamento que o Procon propõe ao proibir a negociação do lojista a sociedade perde seu poder de negociação pois seu “mercado” não pode atuar com a naturalidade, com a essencia do escambo. E quem perde é o consumidor. Não adianta vestir um véu na situação e tentar mascará-la dizendo ao consumidor o contrário pois quem paga a conta é sempre o próprio. Vamos voltar um pouco no tempo e lembrar como era nosso comércio: tínhamos a opção de comprar à vista ou à prazo, nas diversas formas de pagamento que existiam como cheque, boletos, carnês e o consumidor escolhia e NEGOCIAVA. Lembro que sempre havia uma vantagem em comprar à vista, um descontinho que ajudava no bolso e na moral. Uma forma muito incentivadora de poupar para comprar já que se guardássemos um pouquinho por mês podíamos planejar nossas compras e contar com o desconto. Isso é fruto de um exercício de economia doméstica que era ensinado de pai para filho (os conscientes) muito poderoso para formar uma sociedade economicamente saudável. No entanto percebi que com o advento das grandes redes de varejo e, incrivelmente coincidentemente, com o surgimento das operadoras de cartão de crédito, este modelo de negociação foi sendo suprimido com uma força tão violenta que hoje a sociedade aceita esta situação com naturalidade. Isso é um grande perigo. E podemos ver os frutos nocivos e perecíveis consumindo nosso mercado de micro, pequenos e médios comércios.
Lembro-me de perceber há alguns anos, quando por vezes tentei o desejado desconto que foi negado em grandes redes, o começo da pressão das operadoras de cartões no comércio, através das “grandes parcerias”. Naquela época já havia sinais do que começaria a acontecer na sociedade brasileira se deixando dominar por estes “grandes empresários” e que hoje está escancarado. Vamos pensar: o uso do cartão inflige ao lojista JUROS TABELADOS pra os micro, pequenos e médios comércios, que são aplicados na RECEITA TOTAL do produto vendido (perceba que funciona como os impostos). O valor não é disponibilizado no momento da compra e sim após liberação da operadora que pode ser de até 2 dias após a compra no caso do débito e, nunca antes, de 28 dias após a compra no caso do crédito. E neste caso a operadora pode receber muitos dias antes o pagamento do consumidor, dando a ela o direito de uso deste dinheiro disponível (é justo isso?). Analisando apenas e simplesmente esses dois procedimentos impostos pela operadora já vemos a problemática da situação. Para a composição do valor final do produto o lojista repassa o valor do juros, e isso é uma prática obvia, que nem pode ser contestada. Mas, e se o consumidor economizou e com seu esforço quer ter uma vantagem sobre o valor? Com a imposição do Procon ele perdeu o seu direito de negociar, de pechinchar. Neste caso o consumidor tem o DIREITO de desconto pois esse desconto se refere ao juros que a operadora cobra do lojista. Ah, e a conversa de que o consumidor não pode ser punido? Então vamos punir todos? É isso que o Procon faz ao negar o desconto ao consumidor que quer pagar à vista e no dinheiro. Quem paga no crédito está tomando uma decisão de menor risco e vantagem econômica, é uma ESCOLHA, não se trata de punição e sim de ajuste econômico de acordo com sua forma de pagamento. E aí entra o que observei anos atrás: sozinhas as operadoras de cartão não teriam o sucesso e força para dominar o mercado, já que o que elas comercializam é algo intangível que nem ouso chamar de bem adquirido, e precisavam de uma “forcinha”, “uma mão” bastante conveniente do Procon e demais órgãos de ”proteção” ao consumidor. Não entenda que com este artigo estou criticando o órgão no seu procedimento em geral e sim em relação à defesa do domínio das operadoras de cartão.
Alguém já destacou o MONOPÓLIO praticado pelas únicas 2 (DUAS) operadoras que atuam no país que trabalham com JUROS TABELADOS (desculpe, levam o nome de taxas)? Alguém partiu em defesa dos micro, pequenos e médios lojistas que estão espremidos e desamparados nesta relação? O consumidor quer pagar sempre menos, os fornecedores cobrar sempre mais (e hoje há os que não respeitam mais as práticas saudáveis de revenda comercializando diretamente com o consumidor final) e, absurdamente, surgiu mais um “parceiro” que são as operadoras que ganham diretamente na receita, junto com os impostos. Aliás, por esta ser sua principal característica, ouso classificar as operadoras de cartão como um 2º governo. Percebam que esta imposição do Procon é nociva à sociedade, mascarada com um véu de defesa ao consumidor. Estamos aumentando o valor do produto com esta imposição que só, SOMENTE SÓ, beneficia as operadoras de cartão, visto que o consumidor que compra com cartão não paga a mais, paga o mesmo, só há diferença para o consumidor que paga em dinheiro vivo, sem o uso deste algo intangível que é o cartão, e que agora perdeu seu DIREITO, seu poder de negociação.
Faço um parêntese para lembrar que este “famigerado pequeno lojista” é só mais um de nós consumidores. Estamos no mesmo grupo ao falar de economia pois o que se vê é que muitas vezes o micro, pequeno e médio empresário tem que vender o almoço para pagar a janta, tão difícil é sua luta. Ele está batalhando, da mesma forma que o consumidor assalariado. Ao encher a boca para falar de empresários, muitos deixam de perceber que a grande maioria é a classe C, D e E da sociedade. Os grandes empresários que ganham vultuosos lucros são uma diminuta parcela da sociedade que são donos das grandes redes varejistas, grandes indústrias e, não vamos esquecer, são os acionistas das 2 únicas operadoras de cartão do país. São estes grandes empresários a que se referem quando tratam o empresário como vilão. Mas vejam que estes estão protegidos por quem os criticou. Já que para as grandes redes é possível negociar os juros (desculpe novamente, as taxas) de cartão, para as grandes indústrias a venda não é feita com cartão e para as operadoras esta imposição do Procon se tornou a “ajudinha”, “a mãozinha” milagrosa que os deixou com tanto poder.
Não continuem mascarando como defesa ao consumidor uma prática tão lesiva, tão canibalista do poder de negociação, que foi a ferramenta que nos libertou dos senhores feudais. O exercício do pensar é grandioso e deve ser estimulado.
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